24 de mai. de 2010

Entrevista com Marina Silva

Marina minimiza censura a seu nome em evento de Gabeira

DE SÃO PAULO
A senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência, minimizou nesta segunda-feira a censura a seu nome no lançamento da pré-candidatura do deputado Fernando Gabeira (PV) ao governo do Rio de Janeiro, que ocorreu ontem. Em faixas, seu nome foi coberto por fitas adesivas. "Foi uma orientação de quem está entendendo a legislação e não quer extrapolar."
A chapa de Gabeira tem o apoio do PSDB de José Serra. No entanto, segundo Marina, o deputado irá apoiar apenas a sua candidatura. Apesar disso, ela não foi ao evento. "Gabeira disse reiteradas vezes que está conosco."
Ela também criticou a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra por extrapolarem ao fazer propaganda antecipada. "Estou me referindo aos dois", respondeu ao ser questionada em entrevista à rádio "CBN" se falava de Serra ou Dilma ao dizer que há pré-candidatos não cumprindo a legislação eleitoral.
Marina foi a terceira entrevistada pela rádio "CBN". Serra e Dilma já participaram da entrevista, com cerca de uma hora cada.
Jornada de 40 horas
Ela disse que é a favor da jornada de trabalho para 40 horas semanais. No entanto, para a senadora, essa redução não pode fazer com que os trabalhadores sejam obrigados a cumprir hora-extra todos os dias. "Eu sempre defendi a redução da jornada como pedra filosofal da qualidade de vida do trabalho."
Segundo a senadora, a redução deve significar o aumento no número de trabalhadores com carteira assinada.
De acordo com ela, a pesquisa Datafolha divulgada no sábado no qual aparece com 12% mostra que o eleitorado não quer apenas um plebiscito. "O Brasil está cansado dessa história, que toda vez fica uma guerra entre o vermelho e o azul".
Plano Real e responsabilidade fiscal
Marina admitiu que hoje votaria a favor da lei de responsabilidade fiscal e do Plano Real. De acordo com ela, os votos contrários nessas matérias foram orientação do seu partido na época, o PT.
"Eu digo que foi um erro não termos avaliado que havia um ganho com o Plano Real", disse. Ela afirmou que não vê problema em mudar de posição em matérias como esse tipo. "Quando mudo de opinião, não é por conveniência, mas por convicção."
Ela lembrou que votou a favor da CPMF. Segundo ela, "a CPMF foi grande contribuição para aumentar receita da saúde".
Belo Monte
A pré-candidata rebateu a ideia de que a proteção do ambiente é um entrave para o desenvolvimento econômico. "Meio ambiente não atrapalha o desenvolvimento."
Para ela, o debate da sustentabilidade não foi colocado nem pelo PT ou pelo PSDB. "Sustentabilidade não é samba de uma nota só." Ela disse que essa questão é o diferencial de sua candidatura da dos outros partidos.
Marina voltou a dizer que é contra a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. "Os mesmos problemas de hoje é que há 20 anos estavam apresentados no projeto de Belo Monte.
Irã
Sobre o acordo com Irã, conduzido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela disse que é preciso esperar para avaliar se teve resultado. "Temos que ficar em compasso de espera. Não é bom celebrar antes do tempo", afirmou. Segundo Marina, o governo iraniano já desrespeitou acordos parecidos antes e é um país que não respeita os direitos humanos.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/739769-marina-minimiza-censura-a-seu-nome-em-evento-de-gabeira.shtml

Um comentário:

  1. "Segundo Marina, o governo iraniano já desrespeitou acordos parecidos antes e é um país que não respeita os direitos humanos."

    E os Estados Unidos respeitam algum direito humano? Lembrem-se de Iraque, Afeganistão, Bloqueio á cuba, bombas de napalm no Vietna, a tomada de grande parte do território do mexico, a intervenção na política interna de outros países etc...
    Sempre quando um país representa alguma "ameaça" ao poderio bélico dos estadunidenses, eles logo fazem um estardalhaço, convocam a mídia e fazem pressão para se fazer inspeções e determinar sanções etc. Isso porque? Porque tem medo de perder a autonomia bélica. Tem medo de que surjam outros URSS e por isso ficam desesperados como medo de perder sua hegemonia. Assim como está fazendo com a Coréia do Norte. A lógica funciona assim: Se certo país não se submete aos desmandos dos EUA, eles primeiro declaram guerra ideológia e se isso não funcionar chega as vias de fato.
    Ah, e que Dilma se cuide e se prepare caso ganhe a eleição. Acham que Al Gore quer salvar a amazonia? Não, meus caros verdes; o interesse deles é pegar uma fatia do bolo. Ah, e cuidado com o Greenpeace que não tem quase nenhuma causa com o que lutar na Holanda (país de origem do Greenpeace). Mas quando se trata de Amazônia, eles defendem com unhas e dentes. Não só eles, como outras ONGS interesseiras e oportunistas.
    Não sou filiado a nenhum partido político, apenas um nacionalista crítico-político e simpatizante do PV.
    Vigiai, Caros verdes.
    Cordialmente, Pedro Rodrigo (Parque PRazeres)

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